Retóricas, falas tão teatrais O lodo da sujeira nos cenários federais A unção de demônios na capital das capitais Onde até Jesus parece amigo de Satanás País dividido por alguns meros mortais Não de alma que eu digo Mas de opiniões deformais, informais, desleais, ilegais Sobrariam poucos que teriam seus morais Conservados no meio da conservação Da energia cinética do progresso de uma nação O que falar então? Povo que por vezes se sente lesado Povo que por vezes quer ser ovacionado Povo por orgulho quer fazer alguém calado Povo que não quer os seus direitos preservados Os hipócritas banqueteavam do salário Os surdos ouviam a fala formidável Os cegos só viam acusação inflamável Comiam como se fosse com sal a gosto Mas não sentiam o real desgosto De um 31 de agosto infindável Escutar calado como idiotas manipulados? Desculpa meu amigo, mas eu não quero ser gado Por voto de cabresto nem por voto articulado Numa politicagem tão feia que parece retirada De um conto mágoas, porque as fadas aqui não estarão Para conluiar com essa porca ilusão Povo que por vezes se sente roubado Povo que agora presta atenção no Senado Povo agora sabe o que faz um deputado Povo que quer ver o seu país renovado Os hipócritas banqueteavam do salário Os surdos ouviam a fala formidável Os cegos só viam acusação inflamável Comiam como se fosse com sal a gosto Mas não sentiam o real desgosto De um 31 de agosto infindável O agosto acabou Mas as marcas desse gosto Ficarão pra sempre na memória No rosto de uma terra Numa história Onde a demo e a cracia Saíram em jornadas opostas Que parecia interminável Mas a sede de amor e de esperança Preparam um futuro invejável Onde, divergentes conversarão Convergentes se unirão Todos em prol dessa terra adorável Em um 31 de um agosto infindável