Sou de uma terra que não levo desaforo Vacilão só leva couro se não souber respeitar Todos já sabem que sou osso duro Seja claro ou escuro boto mesmo pra quebrar Sou nordestino sou vaqueiro do sertão Quando visto o meu gibão dá vontade de aboiar E bota a sela no lombo do meu cavalo E saio correndo atrás do gado sem vontade de parar De madrugada quando o galo está cantando Ouço o carneiro berrando Não consigo cochilar E desperto com o cantar dos passarinho Que vão deixando seus ninhos Para o campo semear De manhãzinha corro logo pra cozinha Chamo maria chiquinha Para vim me aprontar Eu visto a roupa, pego a viola Canto esse xote na roça Pra moçada se animar Na tua mente nada disso existe mais Todo mundo é capaz de querer menosprezar Eu reconheço que além da sobrevivência Pois homem competente burro não sabe o que faz Agora eu sei está tudo diferente Quem quiser que se aguente Todos tem que se virar Comigo mesmo é me livrar da polícia Dar porrada nos patifes pra saber me respeitar