Não posso mais ser refém Pedir perdão por viver só Com o que lhe convém E te esperar aqui Com o que restou de mim Será tão justo assim Eu ter que me esconder? E esse silêncio que corrói Mais que o mar Não me ajuda a esquecer Que eu não entendo como acha tão fácil Quase não se lembrar De tudo o que eu fiz por você Até me deixar Não pode me ouvir Gritar o que sempre quis lhe dizer? Das palavras que engulo ou não E fazer parte do que me tornei? (O que me tornei?) Eu não aguento mais esperar mais um fim E eu te peço por favor que caminhe Um pouco mais devagar Pois não consigo acompanhar tantas mudanças Sem me preparar Pros rituais antropofágicos que alimentam o meu coração