Olha nóis aqui travêiz Se prepara, seu cuzão Toma nessa cara Meu poema em forma de agressão Violento como um trem Que ficou sem maquinista Invadindo a cidade Destruindo tudo à vista Se tá tudo bem ao seu redor No que te cerca Olha pra janela e vê Que o mundo tá uma merda Sua alienação Gera manipulação Tira essa televisão do cu E presta atenção Eles querem gente burra Pra manter sempre na rédea E nessa matéria Sua nota é acima da média Dinheiro do povo usado No luxo da minoria A desigualdade Mata gente honesta todo dia Os educadores da nação Já ganham mal demais Deputado filho de uma puta Trinta vezes mais Dólar na cueca Povo sempre passado pra trás O revólver mata gente A caneta mata mais Solução pacífica, utópica Nenhum sucesso Revolta armada, violência Fogo no congresso Terror e morte ameçam O verme desonesto O ceifador sujou de sangue A ordem e o progresso E o povo sem condição, Tudo precário E o desvio de verba Do salafrário Engravatado de merda Vai pro caralho Sou o ceifador Vou arrancar seu sangue Destruir sua cara Quebrar seus dentes Na subida da calçada Comemorar sua morte Dando uma risada Sou o ceifador Começou a parte boa Da história desgraçada O momento glorioso Da vingança esperada Como um herói Que livra o mundo do mal iminente O ceifador invade o congreso Armado até os dentes São facadas, molotovs Tiros de todo calibre Sacrifícios necessários Pra tornar o povo livre Sangue podre banha O corte fino do terno importado Molha o dinheiro sujo No bolso do degolado A televisão vendida Não tem opção viável Mostra pro país inteiro O show sangrento e memorável O horário nobre Foi tomado de assalto Por um reality show Que agora sim presta pra algo Lentamente a corrupção Morre num ritual De limpeza feita De maneira útil e brutal Pólvora, gravata e sangue Se misturam na pintura Como acontecia todo dia Com a ditadura Chuva leva embora o sangue Junto com a corrupção No passado fica o terror Que troxe a salvação O ceifador foi aclamado Virou herói nacional Em nome da violência Livrai-nos de todo o mal Amém E o povo sem condição, Tudo precário E o desvio de verba Do salafrário Engravatado de merda Vai pro caralho Sou o ceifador Vou invadir E vou queimar sua mansão Sua nova moradia Agora é um caixão No seu velório Vou gritar e soltar rojão Sou o ceifador(x3)