Adeus, adeus minha adorada Eulina
Eu cumpro a sina do destino meu
Sangra meu lenho, dessa desventura
Dessa amargura que o senhor me deu

Adeus que eu parto, que me importa a vida
Se mal ferida, vai minh'alma ao sim!
Esquece Eulina, as minhas preces d'alma
Fere a minh'alma que eu revivo assim

Adeus, adeus minha saudosa Eulina
Rosa divina dos suspiros meus
Sangra meu lenho, dessa dor bendita
Dor infinita dos jardins de Deus

Adeus que eu parto pela estrada escura
De luz tão pura desse amor feliz
Minh'alma canta, por que a dor encanta
E tu és santa o coração me diz

Adeus, adeus minha adorada Eulina
Luz peregrina dos soluços meus
Alma dos sírios, roseiral dos lírios
Flor dos martírios divinais de Deus

Adeus que eu parto, vou partir que importa
Deus me conforta, o coração me diz
Adeus que eu parto, dolorosamente
Ledo e contente por te ver feliz