Foi um sonho te querer com doido amor Foi loucura penhorar-te o coração Dá-me mesmo assim ferido esse penhor Não te peço nem te imploro gratidão Guardo dentro deste peito por te amar Uma dor que sempre e sempre cresce mais Nem a tua ingratidão me vem matar Nem a tua ingratidão me abranda os ais Ai de mim! Ai de mim! Por que matar-me assim? Por que matar-me assim? Este amor, ó este amor, me foi fatal Nunca mais o meu sossego encontrarei Tu, travessa, sorridente e jovial Eu, em busca de minh'alma que te dei Mas não posso te dizer por que razão É mais doce o azedume desta dor Serei teu e teu será meu coração Não te posso, ó não, negar tão santo amor!