Passarinho atrepado nas cajazeiras Cantavam pra ela lindas sinfonias E ela não queria, não chegava e não mudava Sorrindo se escondia, cantava Cantava também Cantava também Chovendo canivete, fazendo temporal O nosso amor, eu sei É um eterno carnaval A conta évinte dias Pra se amar e se tocar Demora vem o enjôo Ave danada em pleno vôo Assovia na cumieira O vento da separação Amor bom é nosso Que sabe aceitar A hora da apartação Estrada que se cala Moça, passarinho Segue seu rumo Que sigo meu caminho Gente como nós Não tem nada a temer Se a vida é isso mesmo A gente tem é que viver A vida é quem ensina E me fez tomar sentido O sabiá na moda Escurecer seu corgeio A brisa reservada De baixo dessas asas A emoção preservada calada Debaixo de meu seio