Corre a noite, de manso num murmúrio Abre a rosa bendita do luar Soluçam ais estranhos de guitarra Oiço, ao longe, não sei que voz chorar Há um repoiso imenso em toda a terra Parece a própria noite a escutar E o canto vai subindo e vai morrendo Num anseio de saudade a palpitar! É o fado, a canção das violetas Almas de tristes, almas de poetas Pra quem a vida foi uma agonia! Minha doce canção dos deserdados Meu fado que alivias desgraçados Bendito sejas tu! Ave-Maria!