Será que agora posso ver o que eu não via Mas “cê” também não via, será que agora posso enxergar? Será que agora eu posso ver o que eu não via Mas ''cê'' também não via, será que agora eu posso enxergar? Minha vida Pai é correria, pois assim minha Poesia pode um dia agora significar Se eu paro agora só adia o passo o que me causaria Atraso, nesse caso já não quero nem pensar Não paro porque eu faço, fardo pesado é pra quem pode carregar Canto firme e forte pra fazer a minha história aqui Pra não cobrarem depois que eu ir embora Meu canto forma,e me molda, minha vida fora de órbita Na busca pela paz o mundo se mata lá fora Não vim pra ser escravo dessa droga (pera ai) Não vim pra me matar, pois sei que um dia eu vou morrer Quanta fé que cabe em você, pra me conter Vai muito mais do que um soco na cara, porque Minha panca é sair com honra dessa palhaçada Pia falta água, chuva molha mais nada, as plantas Já nem tem vida e as vidas não plantam nada Confesso me sentia perturbado, no silencio da madruga Meu pensamento pesado Controlava minha fuga, no momento um desabafo, descarrego Não contavam com a minha astúcia de escrever no meu caderno Porém os fracos nunca se tornam eternos e os fortes Já são os alvos das industrias que governam Os cartucho da quadrada, o crack, o pó que entala No nariz de algum coitado, o coitado já nem tem nada Sujeira no chão da praça, fogueiras queimando matas Leões virando presa, paredes virando casa Eu já sabia que a verdade era mentira, jah Será que a fita é mesmo de nós mesmo nos salvar Por um instante guardo tudo num momento emocionado E a minha dor é de partir antes de tudo que me aguarda Será que agora eu posso ver o que eu não via, mas “cê” Também não via, será que agora posso enxergar? Minha vida Pai é correria, pois assim Minha poesia pode um dia agora significar Se eu paro agora só adia o passo o que me causaria Atraso, nesse caso já não quero nem pensar Não paro porque eu faço, fardo pesado é pra quem pode carregar E a responsa pra mim é tudo, guardo no peito vagabundo Juro nesse mundo nunca mais me acomodar, eu sabia tanta coisa, mas já não compreendia, o que antes eu não via, agora posso enxergar Sonho de viver algo melhor, pronto, a vida cobra tanto, ta na hora de acertar Não quero me conter, deixar na minha Resolvendo os meus problemas, te ajudar se precisar Só o tempo irá dizer, só o tempo que dirá E você vai entender que pra ganhar tem que lutar Nem que o céu desabe nos meus ombros continuo Também não me desculpo pelas vezes que eu errar Quantas vezes passarei nesse lugar que me sufoca Maturidade é o que nos falta para as coisas darem certo Difícil é ser correto em lugares tão errados, difícil é relativo Pois depende da sua força Será que agora posso ver o que eu não via Mas “cê” também não via, será que agora posso enxergar? E ver que cada um quer ser algo, alguma coisa E não esquecer de envelhecer depois de ter a vida toda entende? A juventude está doente, olhos falam, bocas mentem Sobre coisas que só eu posso mudar Me concentrei quando ninguém estava lá, falei Com aquele que me escuta (me escuta) Agora onde a dor que aflora, que me traz a falta Aquilo que aqui me acalma também é minha moradia Será que agora posso ver o que eu não via Mas “cê” também não via, será que agora posso enxergar? Minha vida Pai é correria, pois assim minha poesia Pode um dia agora significar Se eu paro agora só o dia o passo o que me causaria atraso Nesse caso já não quero nem pensar Não paro porque eu faço, fardo pesado é pra quem pode carregar