Tomando um mate na frente do rancho E uma sabiá redobra seu canto preciso Um biguá assustado cruza então de largo Do potro que adelgaça lá no paraíso Escuto o latido da preta ovelheira Pra tropa que se estende no corredor dos guerra E a peonada velha empurrando o touro pampa Que vem afiando guampa e levantando terra O Rio Grande é lindo, cheiro de campo e gado E as voltas do gateado que alegra o rincão O meu mundo é esse na sina campeira E começa na mangueira mais um dia de peão Parando rodeio, revisando o gado O velho Beto avisa pra leva a boiada E um grito de volta pra cuscada esperta É o que basta pra empurrar a tropa Aparta os boi magro nas volta das casa E boto na mangueira a boiada de trança Dou um jeito e vendo pra outro meu gado Pra que renda uns pila em cima da balança