Saio pela vida com meu samba A rezar aos bambas pra que venham abençoar Todo esse meu atrevimento e a minha paixão De querer ser sambista e sambar Quero ser passista de versos de amor E derramar meu coração Como se soubesse da magia Como se vestisse todas as alegorias Que enfeitam as almas dos poetas Pelas ruas estreitas onde vive a ilusão Ah, minha escola Me vesti de Cartola e Busquei pela prosa em seu jardim E esse meu olhar tristonho Diz que tive outros amores Mas sofri os dissabores também E no samba me reconstruí de mansinho Tal qual Mestre Nelson Cavaquinho Sobre as folhas da mangueira Que enfeitaram a avenida Eu sempre só passei com a minha dor Bebendo a poesia que nunca machuca a flor Ah, o amor que tece a sua teia Me domina, me incendeia Candeia, me liberta com seus versos E alimenta a paixão na minha veia Me faz olhar o céu e me encanta meu Noel Jogue um feitiço em minha vida Mas não toque os apitos da saída