Antigamente, quando o samba era mais devagar Eu chegava e podia cantar Os sambinhas que eu faço, sem pretensão Mas, hoje em dia, a ambição de gravação Eu chego, fico sentado num canto Quero cantar e não me deixam, não ( já entendi a razão ) Mas, doravante, vou bancar o ignorante Vou chegando, quero cantar, seja lá em qualquer tom Porque pra isso levo comigo Osmar do Cavaco, mulato de fato E Jorge da Conceição, que é o rei do violão Então eu vou cantar até em tom sustenido Sem ferir o ouvido de quem estiver a mês escutar Todos dirão, que voz tão bela Não podia ser de outro, trata-se de Casquinha da Portela Então eu volto a cantar com todo o prazer Mas não ficarei ofendido se ouvir alguém dizer Sai fora daí, ó seu cantor de sacola Se ainda sobrevive é graças ao Paulinho da Viola