Eu subindo uma chalana
Pelo rio Paraguai
E voltei pra minha casa
Fui rever meus velhos pais

Ao chegar quanta alegria
O meu coração parou
Meu cachorro perdigueiro
O meu grande companheiro
A latir em mim pulou

Minha mãe lá da cozinha
Ao ouvir eu lhe chamar
Com sorriso de alegria
Veio me cumprimentar

O meu pai lubrificava
A espingarda no galpão
Me abraçou emocionado
E com os olhos mareados
Apertou a minha mão

Que saudade das caçadas
Vaquejadas do machão
Do cavalo Maravilha
E do touro Furacão

Dos currais, das madrugadas
Onde tudo é confusão
Passear pelas campinas
Respirar lá nas colinas
O ar puro do sertão

Logo à tarde ou à noitinha
Vou rever o meu amor
Vou dizer-lhe coisas lindas
E beijar-lhe com ardor

Vou pedi-la em casamento
Conduzi-la para o altar
Vou ficar por aqui mesmo
Não vou mais viver a esmo
Minha vida eu vou mudar