Por uma mulher fingida Perdi a tranquilidade Ela me cravou um espinho Com a sua falsidade. Como são negros os dias Sem a luz do seu amor E as noites são tão frias Por faltar-me o seu calor. E ao cair da tardinha Sento na beira do rio Fico a pedir que as águas tragam Essa ingrata que fugiu. Volto prá dentro do rancho Na esperança que ela volte Mas está tudo tão quieto Como é triste a minha sorte. E dizem que o tempo apaga A traição de um amor Mas cada dia que passa Mais aumenta a minha dor. Já não tenho mais sossego Passo os dias a chorar Pois me dói tanto na alma Que não posso mais suportar.