Foi num dia visitanto uma paioça conheci na minha roça uma caboca inda criança. Essa pestinha de oiá meigo, tão singelo, linda boca, dente belo prometeu-me uma esperança. E ficou moça, ficou grande, foi crescendo sempre e sempre prometendo que comigo se casava; Mas um danado dum caboco feiticeiro que a chocava o dia inteiro meu amor enfim roubava. Caboca, linda frô do ipê eu quero casá com vancê (bis) Fiz minha reza, Chorei tanto, espraguejei Afinal nada arranjei A caboca se casô; Desiludido Vim morá cá na cidade A chorá minha saudade Todo o meu primeiro amor. Caboca, linda frô do ipê eu quero casá com vancê (bis) Passado um ano a notícia me chegava que o caboco abandonava a marvada no sertão; Fiquei contente, ri inté de alegria A caboca que eu queria pagou pela ingratidão. Caboca, linda frô do ipê agora quem sofre é vancê (bis)