Sou dono de mim Faço o que quero Vou onde desejo Não tenho compromisso Nem levanto cedo Só quando acaba a grana É que eu arranjo emprego Sou camarada, muito considerado Me chamam de gente boa Amante da justiça mas não brigo à toa Pois quando a barra pesa eu contorno a situação E muito embora me considerem inveterado vagabundo Vou fazendo o que posso pra ajudar a todo mundo Eu só não sou escravo de mulher e de patrão Não dou mancada Pago o que devo, cumpro o que prometo Gostar da vida é meu defeito Ouvir fofoca é coisa que eu mais detesto Enfim, dizem que sou malandro por conveniência Porém quem me comanda é minha consciência E por camaradagem sou malandro honesto