De que servem os olhos meus Se não vêem os olhos teus Muito embora estejamos lado a lado Pra que servem os braços meus Se não entrelaçam os teus Como se eu fosse um mutilado Eu queria dizer-te baixinho Quanto é bela, és pura, és santa Quando chego a teu lado Me foge a voz da garganta Eu pedi ao grande Deus Que viesse ao sonhos meus Sonhos estes, puro, eterno E deitei-me satisfeito Repousei as mãos ao peito Olhos fixos ao teto E qual foi a surpresa maior E pior tive um pesadelo Onde tu gritava horrorizada Não desejo vê-lo.