Queria gritar pra tirar o vazio da boca do estômago Peito deserto, som do eco, assombra dos meu cômodos Após me desestruturar, desabar. E habitar escombros Como atlas, vou levar meu mundo nos ombros O precipício ali caminha fácil Quem tá com os corre do ofício ninguém tem peito de aço Deposita a fé em si, se apunhalar depois do abraço Vou plantar e colher o que for na terra de amor escasso! Loco, com uns verso na mente, no bolso uns troco Fuma um pra amenizar a dona consciência E os soco que ela dá (pá), pra te nocautear (pow) Pra enxergar no vento assopro ou vai levar um pouco do mal pra lá! Um passo atrás pra progredir, e um pra frente pra atolar No futuro a pau e pedra o slogan é lar doce lar O arredio que tudo ataca tem de tudo, visão opaca Vai pra selva de pedra, pega uma pedra e amola a faca E se a cara rachar e cair. Abaixa e cata e daí? Camisa larga atrás da rima e a história amarga Do MC que faz de si, médico monstro e mais um pouco Aguenta suporta mais um pouco, vai Atento com tudo Nem me viu Atento com tudo Nem me viu Atento com tudo Boladão no terceiro mundo E no meus ombros, senti o peso do mundo Subi pro quarto abri a gaveta vi um caderno no fundo Eu ber, noitada e moribundo, animal igual o Edmundo Quase surtando, penso mil merdas por segundos Botei o fone, quem sabe o rap me livra Isso é jogo de campeonato, pega a bola e calibra Cobrei por cima da barreira entre o goleiro e a baliza É nos acréscimos que o sonho se realiza Eles me deram como morto mas eu tenho sete vidas E se me restar um sopro ainda te ganho na corrida E se a gente trocar soco, ou porque tu é suicida Com certeza eu sou mais loco e bandido na esquiva Atento com tudo Nem me viu Atento com tudo Nem me viu Atento com tudo Boladão no terceiro mundo