Madalena era uma moça Com dezoito anos de idade Nunca teve amor na vida Era um anjo de bondade Um moço trajado de preto Na maior serenidade Foi passando na avenida Despertou curiosidade Foi encontrar aquele moço Lá no bosque no outro dia Eu sou um pobre estudante Que estudo na academia Mas isto não serve de base Falei com minha família Eu serei muito feliz Estando em sua companhia Geraldo no outro dia Levantou muito cedinho Qualquer coisa lhe avisava Que ele ia encontrar espinhos Falou com o doutor Alvarenga Com jeito e muito carinho Minha filha só se casa Com gente da nossa linha Com aquela má resposta Quando em casa ele chegou Geraldo só deu um grito E no seu leito debruçou Um irmãozinho de Geraldo Com Madalena encontrou Meu irmão faz oito dias Que pra sempre Deus levou Madalena deu um grito Quando estas palavras ouviu Para um ponto de automóvel Onde ela se dirigiu Senhor me leva ao cemitério O lugar que ela exigiu Madalena pagou o carro E do chofer se despediu Madalena procurava Qual a sua assinatura E no fim ela encontrou Aquela linda sepultura Aqui dorme o meu Geraldo Que me amava com ternura Minha alma enlouquecida Que este punhal segura Aqui fica este bilhete Pros meus pais sem compaixão Hoje mesmo lá no céu Deus fará nossa união Cravou o punhal no peito Atravessou o coração Na hora seu pai chegou Ela morreu nas suas mãos