O corpo do homem está em chamas E o homem clama, me deixe viver, me deixe vencer Me deixe mostrar, porque eu preciso ser E havia um homem que cantava só Que vivia em chamas e engoliu o Sol Disperso e só, cuspiu o mundo E morreu em pó E havia uma lenda que contavam os avós Do homem que engoliu o Sol E cuspiu de novo, do corpo um esboço Do homem que engoliu o Sol O corpo do homem está em chamas E o homem clama, me deixe viver, me deixe vencer Me deixe mostrar, pois eu preciso ser E havia um homem que cantava só Que vivia em chamas e engoliu o Sol Disperso e só, cuspiu o mundo E morreu em pó E havia uma lenda que contavam os avós Do homem que engoliu o Sol E cuspiu de novo, do corpo um esboço Do homem que engoliu o Sol Aurora da saudade, o amanhecer da verdade Num chão de terra seca e sangue pisado Encarnam histórias, de lágrimas, sangue, verdades e glórias E sob o calçamento, embaixo de lixo e cimento Pode ser, pode ver, pode amanhecer Pode vir a ser, aurora da saudade E o que é que aconteceu? O homem desapareceu Porque não tinha fome pra engolir a arrogância do mundo E a cada segundo, vários velhos homens, filhos, netos e pais Vão tentar descrever o que foi esperar pra ver amanhecer Aurora da saudade! E havia uma lenda que contavam os avós Do homem que engoliu o Sol E cuspiu de novo, do corpo um esboço Do homem que engoliu o Sol