Falamos, demos abraços, como era normal Fechei-me ao som dos teus passos no frio do jornal Parecia ser o que foi, bem pra lá do que crês Um gesto a mais que nos dói, e o vazio que não vês Não vês que me perco primeiro E perco as razões a seguir E que trago este amor de permeio Por chegar e partir E eu sorrio ao ver-te outra vez num dia descuidado O lume mal apagado E dizes tu que eu sou mais forte e sei olhar por nós Foi isto que há nos olhos meus Que o que fica de um adeus Às vezes faz-se voz, só pra não estarmos sós Pra quê palavras e verbos de querer ser feliz Se somos escravos e servos do que a alma nos diz Sempre se cumprem as preces de quem o amor tem Que ao me acabar, recomeces às mãos de ninguém Ninguém que te prenda num beijo Ninguém que te oculte de nós O ninguém que te seja em desejo A nascente e a foz