Dorme presos como animais, acorda cedo pra trabalhar Era na foice e no machado, com o facão nos canaviais Quatorze horas por dia, e sem poder reclamar O negro caía cansado, logo era chicoteado E gritava Não bata n'eu mais não Não bata n'eu mais não Não bata n'eu mais não, seu feitor Que eu já vou me levantar 1888 a lei áurea, Isabel assinou O negro foi jogado na rua, essa lei não adiantou Com saudades da terra natal, com aperto no coração O negro já não apanha mais, mas continua na escravidão Libertação, libertação, libertação Olha o negro, libertação.