ele entrou na sala e quis que o tempo voltasse ela enxugou as lágrimas se o telefone enfim tocasse pra ele hoje era o fim e convocou os seus assombros mas ela conseguiu sorrir brisa cantando nos escombros ele sem lugar pelos cantos haveria luz se ela chegasse e ainda se maquiando ela acenou pro táxi se sentindo ridícula quase não entrou no elevador e enquanto ela tocava a campanhia ele punha as balas no tambor estranha perfeição só junto dela ele tinha paz estranha perfeição fazia ela voltar atrás ele mestre em desastres espitáfio no auge da festa e ela tocava suave o que nele era guerra em silêncio o perdão de novo se reconheciam e se amaram no chão em um só corpo se perdiam desapressado prazer boca andarilha entre os seios na janela um buquê ancorando seus cheiros não mais viam nesse amor abismos, manhãs incertas a noite avança em mel e flor mão se procurando cegas e os dois entrelaçados no pacto da entrega pelo quarto estilhaços gozos forrando a treva amantes irremediáveis por companhia o universo se irradiando inexplicáveis da vida fizeram verso hoje seremos eternos hoje seremos eternos hoje seremos eternos