eu sei das flores enfermas brotando em nossa beleza eu sei o que nos alimenta fome, drogas e descreça eu vi corações, corpos, amores ofertando espinhos cheios de doença este é o tempo de velhas vozes falarem pelo espírito jovem e nós morremos a prazo em becos estreitos onde os anjos enlouquecem de joelhos e em cada casa a fome põe em selo será que isso é tudo que nos resta? nós morremos a prazo e nossa alma é só uma estatística nós morremos a prazo erguendo eternas ruínas com um sorriso nos lábios morremos a prazo agradecendo o pão por ele amassado será que isso é tudo que nos resta? no país do futuro o agora já é tarde no país do futuro nossa alegria é um engano que segreda tempestades