Aguenta a mão que eu tô levando a guanabara Carrego as águas da baía num baião Chora mais não que o teu sertão vai virá praia Vai ter catraia navegando a solidão. Eu tô levando o céu do rio Eu tô levando o mar Eu tô levando o pão de açúcar pra seca adoçar. Eu tô levando o meu delírio Pra gente calar A boca que o destino quis escancarar Só pra me provocar Só pra me provocar Só pra me provocar Só pra me provocar Não se apoquente eu tô levando a carioca Pouco me importa o peso do meu coração Quando eu chegar o chão rachado a gente troca E bota tudo ladrilhado no sertão. Eu tô levando um som do rio Eu tô levando o ar Eu tô levando um samba-enredo pro teu boi bumbá. Eu tô levando um desatino Pra tapar o sol Com a peneira que o destino quis furar Só pra me provocar Só pra me provocar Só pra me provocar Só pra me provocar Tô carregando o redentor no meu repente, Não banca a tonta não me conta pra ninguém. O corcovado vai ser no quintal da gente Tanta promessa assino em baixo e digo amém. Sertão na guanabara Sertão na carioca Sertão no fim da praia Sertão no meio do mar... A guanabara seca A carioca certa A praia tá deserta Quem seqüestrou o mar? Eu tô levando um som do rio Eu tô levando o ar Eu tô levando um samba-enredo pro teu boi bumbá. Eu tô levando um desatino Pra tapar o sol Com a peneira que o destino quis furar Só pra me provocar Só pra me provocar Só pra me provocar Só pra me provocar