Foge do cais, carvoeiro, E das ciladas da areia. Foge arteiro, oh carvoeiro, Segue sempre o teu roteiro Que só a terra é sereira. Singra soprano valeiro, Tu passas quente e contralto, Vai bainzeiro, oh carvoeiro, Vai que o teu casco é romeiro Da romagem do mar alto. Teu manso ir, carvoeiro, O teu fumo aventureiro Tem um destino com asas. Vai para o mar, carvoeiro, Terra è mulher, é má sorte. Vai legeiro, oh carvoeiro, Não veja a onda primeiro Brilhar a estrela do norte. Negro, negro carvoeiro, Não voltes nunca do mar. Vai trigueiro oh carvoeiro Que eu não nasci marinheiro E o meu destino é ficar.