Um anjo cabinda, Na lida desta terra Trabalha, trabalha, trabalha feito um boi Vem linda benguela, Revela-me em teu canto Me diga, me diga, me diga como foi Na chibata, na senzala, no melaço e no navio Na esperança verde cana, no arado e no ardil Na saudade que invade com seu pranto O plantio Sob o sol, em lousa negra O sangue escreve com seu fio Congo, Quiloa, Benguela, Monjolo Cabinda, Angola, Mina e Rebolo Ah! Mãe África, Dá asas a minh?alma É, a vista nã alcança Dá-me fé, no que ainda virá Sei, onde a palmeira dança No Quilombo dos Palmares Suas matas e seus rios Seiva o tronco, livra o peito Onde aflora o desafio Tanto sonho, tanto luta Por um eito de Brasil Raça negra, leite preto Que alimenta seu zinfio Congo, Quiloa, Benguela, Monjolo Cabinda, Angola, Mina e Rebolo