Serrador, lá no pé da serra Serrador, quero ver serrar Tocador pega na viola, Embolador pega no ganzá Sou potiguar, potengi, potiguarino Menino venha no tino da poesia potiguar Eu vou cantar na língua que dá no coco Nesse verso de "cabôco", nesse brasil popular Sou canguleiro, faço samba, danço coco, Danço xote e fico solto até o dia clarear E os xarias que desciam da cidade Era o galo que cantava numa rixa de matar Olha o coco, sinhá, lê, lê, lê / olha o coco, sinhá (4x) Ajustei um casamento pra livrar da filharada Mas o diabo de uma véia teve dez de uma ninhada Olha o coco, sinhá, lê, lê, lê / olha o coco, sinhá (4x) Quem quiser escolher moça, bote um laço no caminho "inda" ontem eu peguei duas com "zóio" de passarinho Menina, casa comigo, que tu não morre de fome Lá em casa tem uma pintinha, tu pega e "nóis" dois come O fogo quando se acaba, deixa cinza e calor O amor quando se acaba, no coração deixa dor Olha o coco, sinhá, lê, lê, lê / olha o coco, sinhá (4x) Quem canta coco puxa o verso de improviso Tira o coco do juízo na hora que o coco dá Coco de roda, bambelô, zambê, usina Olha o tirador de coco, a umbigada que ele dá No pau-furado, na chama e no pandeiro A embolada trava-língua no balanço do ganzá Olha o coco, sinhá, lê, lê, lê / olha o coco, sinhá (4x) Êh, jurupanã coco sinhá Jurupanã coco sinhá Êh, jurupanã coco sinhá Jurupanã coco sinhá Oh, amaro, oh, amaro Vou-me embora, vou-me embora Oh, amaro, oh, amaro Já chegou a minha hora Oh, amaro, oh, amaro Quem não me conhece chora Oh, amaro, oh, amaro Quem dirá quem me quer bem