Soldado que foste ás sortes Vai p’ró quartel, não te importes Que lá, ninguém te faz mal Não temas, que não te comem Vais aprender a ser homem P’ra defender Portugal Se Deus quiser ainda hás-de voltar á terra Mas se tiveres que ir p’rá guerra Não temas, que és português É teu dever saber viver como um forte Não tenhas medo da morte Que só se morre uma vez Ó Zé ninguém que és militar Se a pátria-mãe tu queres honrar Segue o exemplo dum soldado com ralé Que morreu e está num templo, mas ninguém sabe quem é Soldado, lá na trincheira Se vires o porta-bandeira Tombar com ela no chão Levanta-a logo, soldado Nu trapo verde-encarnado Tu tens a pátria na mão Que a pátria vem nessa bandeira imponente Da cor do Sol, do poente Da cor do mar e da esperança Defende-a bem, p’ra isso tens a espingarda E vestes aquela farda Com que vencemos em França