Carlos Zel

Corpo Vazio

Carlos Zel


Corpo vazio e cansado
Talvez por mim inventado
Numa raiva de momento
Misto de angústia e de fome
Em tudo igual ao meu nome
Da cor do meu pensamento

Cidade aberta e primeira
Talvez a mais verdadeira
De todas que descobri
Na tua praça amarrado
Está o meu sonho cansado
De viver dentro de ti

E as asas que me davam
Crianças que não vieram
Junto da tua morada
São outro canto, outro tema
Malditas como o poema
Que te serviu de mortalha