Já colhi horizonte em tintas claras No tingido suave dos amantes Colorindo o tom dos diamantes Vi estrelas ímpares, coisa rara Naveguei nos confins do mar profundo Quase fui descambar no fim do mundo Mas provei de uma vértice oculosa Pois quem vê pelos olhos de quem chora Poderá entender a dor silente De um simples poeta quando sente Sem saber responder aos afluentes De que lado está a sua margem Se o ofício se dá pela coragem Ou se faz simplesmente pela fé Cada qual pode ser um ser supremo Pelos Fardos que vêm de Nazaré Se o meu filho aprendeu com sacrifício Ensinou que o bem supera a dor Onde mora o espinho tem a flor E o amor determina o ser Felício