O vento arrepiando a quincha Guasqueia a chuva no oitão Em escramuças relincha Pelas frinchas do galpão Corto um tento enquanto incha A erva pro chimarrão Bombeando a cuia morena Serena, leito de rio Arrocho o bocal dos sonhos Lonqueando o peito vazio Pra tironear a saúdade Da China que já partiu São domas, tramas, presilhas De tentos bem desquinados No feitio das cordas cruas Sovando xucros e domados Pras festa apero a capricho De prega e botão tapado No amargo, sorvo saudade Parceira das noites longas Arrematando a lembrança Que minha mente ressonga Ao corredor de esperança Nas rédeas dessa milonga Com a lonca do cebruno Que morreu no manancial Ponteio em cruz na peiteira Curtida com leite e sal Do couro do touro pampa Maneia forte e buçal Faca buena, cravador Sovador, mate e paciência E na estaca dos recuerdos O couro de alguma ausência São avios pra este guasqueiro Trançar rumos na querência No amargo, sorvo saudade Parceira das noites longas Arrematando a lembrança Que minha mente ressonga Ao corredor de esperança Nas rédeas desta milonga