Olha ali a velha Construção! Olha ali a gente A multidão! Criança Farrapo Destino? Não O troca-troca na calçada Vamo logo, vamo entra Seu moço, quanto custa? Canabrava não me assusta Paraná e Catarina Tanto mate Me alucina Olha o fumo O rolo A corda Olha ali A peixaria Carne magra Olha a gorda Olha o sujo Olha o feio Pera aí, essa é bonita! Matogrosso, quem diria? Paraíba feminina Tantos olhos tantas dores Tanta fruta Passa na segunda-feira Coisa em lata é porcaria Olha a bucha Olha o pingado Onde para a condução? Café torrado Pão com ovo E tomate do Japão Olha, seu Zé, meu irmão Seja honesto, seja franco Se funciona, ora é claro! É um remédio muito bão Tem erva pra curar doença De senhora e de menina Erva pra curar impotência Só não cura nostalgia Olha o povo assustado O mercado anda tinhoso Porque lá do outro lado Nasceu um mercado novo Bem moderno Bem bonito Um mercado eletrônico Tem madame É covardia Celular É covardia Tem beleza É covardia É covardia É covardia Mas nem todo mundo entra E nem tão grande é a poesia