Como os dedos da criança Que se perdem no objeto E desmancham seus brinquedos Que procuram na matança Dos insetos indefesos Conhecer o seu segredo Como os dedos da criança Que desfazem tuas tranças E te rendem aos seus desejos Que te oprimem num abraço E te humilham até que em pranto Se revele o teu segredo Como os dedos da criança Que mantém o prisioneiro E o atormentam pelo medo Na esperança de que o homem Pela sede ou pela fome Lhes revele o seu segredo Como os dedos da criança Que no próprio desespero Me torturam até a morte Me transpassam com uma lança Contam todos os meus ossos Sem saber o meu segredo...