Carlos Junior

A invenção da Amazônia: Um Delírio Imaginário de Júlio Verne

Carlos Junior


Warrãna-rarae, Warrãna-rarae,
Mari-nawa-kenadêe
Ecoam tambores na floresta
Porto da Pedra, é nossa hora de vencer

Sou um servo do delírio
O senhor do imaginário 
fui o bálsamo do tempo
Luz de toda inspiração
Sou o remo da jangada
Rumo à terra inexplorada
Onde Deus fez a morada
Pele imaculada que restou da criação

Eita lar dos homens bons
Deita em leito Solimões

Escute o grito que ecoa na floresta
Misture o visgo verdejante e o metal
Eu sou a lágrima de prata, o brilho da lua na mata
Jurupari e bicho folharal
Escute o grito que ecoa na floresta
Misture o visgo verdejante e o metal
Eu sou a lágrima de prata, o brilho da lua na mata
Onde o curumim vira animal

É Amazona, é mulher, bravura
É caruana, e o poder da cura
O arco da piracema
Flecha do amor do poema
Lança pra eternizar cultura
Luzes, bandeirinhas e paixões 
Boto sedutor de igarapés, 
Zarpa jangadeiro de emoções
Os xamãs, caboclos e pajés
O dom de proteger seringueiras
Matintas Pereiras, Chicos e irmãs desse lugar
A missão mais deslumbrante por esse rio-mar