Chamo alguém, ninguém escuto Um silêncio absoluto Envolve meu triste viver Sinto fugir-me a calma Tédio invadir minh'alma Prenúncio de um cruel e longo sofrer Para mim será o mundo Um calabouço profundo Onde ninguém ouvirá Os dos gemidos meus Qual condenado aflito Fito o azul do infinito Curvo-me à terra em uma prece Imploro a Deus Senhor, a solidão apavora-me Meu viver é uma atroz melancolia E invade a minha alma uma grande nostalgia Senhor ! pra mim tudo é noite Pra mim não há dia Silêncio que rouba-me a calma Silêncio que destroi minh'alma Silêncio que sinto matar-me Em lenta agonia