Eu te encontrei na minha vida um dia Num vestido de louca fantasia Oh, cigana das tribos vagabundas Os teus olhos cansados de cismar Eram duas estrelas a brilhar Dentro da noite das olheiras fundas Infundias terror a toda gente Desvendando o futuro claramente Invadindo as paragens do divino Teu olhar que falava sem sorrir Mergulhava nas trevas do porvir E trazia os segredos do destino Eu também quis saber da minha sorte Se era vida risonha ou se era morte O que iria encontrar na minha estrada E dei-te a mão, e nossas mãos tremeram Meus olhos nos teus olhos se perderam E fiquei mudo... E não disseste nada Depois sorriste, e eu te chamei, querida Unimos nossas vidas numa vida E desfez-se o mistério do teu porte Mas não perdeste o teu poder divino Na minha mão, não leste o meu destino Porque está nas tuas mãos, a minha sorte.