Carlos Galhardo

Pregões de Portugal

Carlos Galhardo


Cinco mil trezentos e quarenta e cinco
Amanhã que anda a roda, o pá

Portugal oh que saudades que eu tenho
Dos pregões que tu entoas
Arrufadas de Coimbra
Castanhas quentes e boas

Arrufadas de Coimbra
Castanhas quentes e boas
As barinas engraçadas
Vendendo sardinha e banha
E que todas a gente gosta
Bem vivas, vivas da Costa
E que todas a gente gosta
Bem vivas, vivas da Costa

No inverno há um pregão
Que anda a esquentar entorno
Marmelos assados ao forno
No Rossio o jornaleiro miúdo
Seus diários apregoa
Vai no Canto que ressoa
Tofla, Diário de Lisboa
Vai no Canto que ressoa
Tofla, Diário de Lisboa

A Calunga sorte grande
Vem no Canto que atrai
E a gente acaba comprando
Mas a Calunga não sai
Se a gente acaba comprando
Mas a Calunga não sai

Cinco mil trezentos e quarenta e cinco
Amanhã que anda a roda
No inverno há um pregão
Que anda a esquentar entorno
Marmelos assados ao forno, opá