Nessas noites olorosas quando o mar, desfeito em rosas se desfolha à lua cheia lembra a ilha um ninho oculto onde o amor celebra em culto todo o encanto que a rodeia Nos canteiro ondulantes as nereidas incessantes abrem lírios ao luar A água, em prece, burburinha e, em redor da Capelinha vai rezando o verbo amar Jardim de afetos pombal de amores! Humildes tetos de pescadores Se a lua brilha que bem nos dá amar na ilha de Paquetá Pensamento de quem ama hóstia azul fervendo em chama, entre lábios separados Pensamento de quem ama leva o meu radiograma ao jardim dos namorados! Onde é esse Paraíso o caminho que idealizo na ascensão para esse altar? Paquetá é um céu profundo que começa neste mundo mas não sabe onde acabar