No Brasil só existe democracia no medo Ele atinge ateu, cristão, pobre, rico, branco, negro Atinge o de Mercedes Black, MBA, mestrado O de farda, o de uniforme com inscrição do Estado Um semelhante na direção desperta o pavor De ouvir é cê mesmo cuzão, e vim 6 no tambor Não importa a hierarquia no crime, o arsenal Vai ter metade X1 e ser emboscado por rival Não importa a carteira de magistrado Não vai dar uma no swing sem vigia armado PM não amplia a matança todo dia no morro Porque treme pra Jerichó Baby Eagle abrindo fogo Se não fosse o cu na mão do agente penitenciário A tortura seria o dobro no sistema carcerário A pavor da represália vinda dos presídios É o freio pra ministro da justiça assassino Nosso abalo emocional tem lógica Quando a chance é dois por um final Guararema rota Com autoridade publica condecorando gambé Por inflar as tábuas de mortalidade do IBGE Não é teoria de massacre do Eduardo O lote que matou Marielle é o que chacinou em Osasco Corrigindo, não temos alegria no DNA Só o temor de ser a próxima nuca que o Estado vai balear Pow! Pow! Pow! Pow! Pow! No regime satânico Somos todos adoecidos pela síndrome do pânico Pow! Pow! Pow! Pow! Pow! O vigia funcional, o furador Todos sem exceção são reféns do terror Pow! Pow! Pow! Pow! Pow! No regime satânico Somos todos adoecidos pela síndrome do pânico Pow! Pow! Pow! Pow! Pow! O vigia funcional, o furador Todos sem exceção são reféns do terror Somos anomalias do planeta branco Artérias entupidas de síndrome do pânico No bafômetro, em vez de detectar álcool etílico É mais fácil mililitros de anti depressivo Temos os mesmos traumas das vítimas das batalhas Do Paquistão, Iêmen, Ucrânia, Somália Invocação do mal: Político no fim do mandato Vai pro exterior pra fugir de atentado Por causa deles, desenvolvemos a tática De professor tocar violão pra amenizar temor a bala O boy financia a sociedade da histeria, fobia Esquece que não tem pele feita de aramida Que o GPS pessoal só produz um resultado Rastreia as cinzas no porta mala do Volvo carbonizado Sei onde mora o pânico da classe rica Na Ideologia afrodescendente ativista feminista Que diz que não precisamos cantar o hino, ser filmados E sim de líder vindo das ruas de barro Que diz que nem no inferno é normal vender DVD pirata Com cena real de preso degolando preso na faca Tomada por calafrios, mães reza o terço Pro filho ir pro show sem trombar com ódio policialesco Encosta Zé, não se mexe, vai morrer, tá fodido Por 'tá' com a camisa do rapper defensor de bandido Pow! Pow! Pow! Pow! Pow! No regime satânico Somos todos adoecidos pela síndrome do pânico Pow! Pow! Pow! Pow! Pow! O vigia funcional, o furador Todos sem exceção são reféns do terror Pow! Pow! Pow! Pow! Pow! No regime satânico Somos todos adoecidos pela síndrome do pânico Pow! Pow! Pow! Pow! Pow! O vigia funcional, o furador Todos sem exceção são reféns do terror Quem falou em paz devia tá muito louco Aqui matam e vão no velório carbonizar o corpo Propaganda de terror: Olha o preço de mexer com a gente Abala os parentes psicologicamente Temo que os moleques vendo os armados de moto Tentem falar as mesmas gírias, serem os próximos O receio que sigo religioso contra o aborto Que não liga se a grávida trabalha no meio do mofo Em nome de Deus protege a vida intrauterina Enquanto apoia o governador da sugestão assassina Que quer implantar mais uma pena de morte no Brasil Tiro de Sniper pra quem portar Fuzil A mídia tendenciosa e o governo patrão Vão te fazer ter pavor de lutar contra regimes de exceção Só moribundo vai ver que adiaria sua missa de finado Com coquetel Molotov no 'Buso' articulado Meu medo é que sigamos aceitando jogo de camisa Botijão, política assistencialista Sem orientação, amarrando arquiteto na dinamite Pra fechar puteiro e torrar com cocaína e Whisky Não escrevo pra receber Nobel da Paz em Oslo Apenas pra não ver os nossos assinando no fórum Pra erradicar o temor que aos seis anos já assusta Do vício da mãe o levar pra família substituta Pow! Pow! Pow! Pow! Pow! No regime satânico Somos todos adoecidos pela síndrome do pânico Pow! Pow! Pow! Pow! Pow! O vigia funcional, o furador Todos sem exceção são reféns do terror Pow! Pow! Pow! Pow! Pow! No regime satânico Somos todos adoecidos pela síndrome do pânico Pow! Pow! Pow! Pow! Pow! O vigia funcional, o furador Todos sem exceção são reféns do terror