Era assim tinha esse olhar A mesma graça o mesmo ar Corava da mesma cor; Aquela visão que eu vi Quando eu sonhava de amor Quando em sonhos me perdi Toda assim; o porte altivo O semblante pensativo E uma suave tristeza Que por toda ela descia Como um véu que lhe envolvia Que lhe adoçava a beleza Era assim: o seu falar Ingênuo e quase vulgar Tinha o poder da razão Que penetra, não seduz Não era fogo, era luz Que mandava ao coração Mas não és tu, ai, não és Toda a ilusão se desfez Não és aquela que eu vi Não és a mesma visão Que essa tinha coração Tinha, que eu bem lho senti