Acendem-se os olhos do dia Um Sol feito de água e janelas Nas ruas e praças, na cal e na pedras No cais que abrigou caravelas Do alto das tuas muralhas É todo o teu corpo que eu vejo Vestido de claro, de azul e gaivotas E os olhos no espelho do Tejo Ai céu que encandeia os meus olhos Ai estrelas nos olhos do dia Ai margens que nos contam histórias Do mar que ninguém conhecia Ais naus de aventura Com anjos na proa Nos portos da minha alegria No chão feito de preto e branco Da calçada à portuguesa Demoro o olhar, escrevo o teu nome De dona do mar e princesa Ais naus de aventura Com anjos na proa É assim que te vejo, Lisboa