Já nascem as belas-donas já estão Na cinza dos meus cabelos Outono Chove dentro do meu coração Cerrado que não tem dono Cerrado que não tem dono Outono Coração de pedra queimada marcada Por tantas noites sem sono À espera da madrugada Refrão: Tirando as aspas dos olhos Do grande mar da minha distância As aspas dos ananases São as espadas da minha infância São as ilhas dos Açores A ilha dos meus amores E o azul a que pertence O azul dos olhos, a cor das hortênces Lonjura da minha ilha presente Na dor duma rosa emigrada resiste Lava lavando a alma da gente Vulcão dum homem triste Vulcão duma ilha deserta de mim Desde que te foste naquele vapor Menina do Mar sem fim Cercada, por água amor Refrão: Tirando as aspas dos olhos Do grande mar da minha distância As aspas dos ananases São as espadas da minha infância São as ilhas dos Açores A ilha dos meus amores E o azul a que pertence O azul dos olhos, a cor das hortenses Música E o azul a que pertences O azul dos olhos a cor das hortenses Música Na ilha dos meus amores O azul dos olhos a cor das hortenses Música São as ilhas dos Açores O azul dos olhos a cor das hortenses