Sapo que à noite é um cancioneiro Vive sonhando na lagoa tua É o cantor dos charcos e chega primeiro Para cantar triste olhando pra Lua É o cantor dos charcos e chega primeiro Para cantar triste olhando pra Lua Sei da tua vida, sem gloria nenhuma E sei das tragédias de tua alma inquieta A tua loucura de adorar a Lua É loucura eterna de todo o poeta A tua loucura de adorar a Lua É loucura eterna de todo o poeta Sapo cancioneiro Canta tua canção Que a vida é triste Se nós não vivermos por uma ilusão Que a vida é triste Se nós não vivermos por uma ilusão Tu sabes que é feio e assusta a gente Por isso de dia tua feiura oculta E à noite canta tua melancolia O teu canto é triste, que dá nostalgia E à noite canta tua melancolia O teu canto é triste, que dá nostalgia Um coral de vozes cantam para a Lua Uma nuvem passa e tu não podes vê-la Não sabe acaso que a Lua é tão fria Por que deu seu sangue para as estrelas Não sabe acaso que a Lua é tão fria Por que deu seu sangue para as estrelas Sapo cancioneiro Canta tua canção Que a vida é triste Se nós não vivermos por uma ilusão Que a vida é triste Se nós não vivermos por uma ilusão