Quando a menina da favela do rochedo Dominada pelo medo, do barraco desabar Sai para fora e sente o vento em seus cabelos Ela faz um novo apelo, para o vento não soprar O seu vestido de pedaços de retalhos É o simples agasalho, que o mundo recusou O seu barraco de pedaços de madeira É a prova verdadeira, que a menina precisou O seu cabelo, é beleza rara O seu destino é igual ao meu Em minha casa está faltando ela Em seu barraco está faltando eu Igual a um ronco arrulhante no telhado Ela vê o outro lado, de um mundo que não tem Vê no sonhar e sobrepeso a favela Vê a grade, vê a cela, e seu pai que nunca vem Vê o caminho, vê o vulto, vê o rio Vê o sol nascer comprido, e a nuvem tremular A lua cheia o brasão da esperança Nasce dentro da criança, que a menina quer cantar