Sou um camponês e trago comigo o sol da manhã
E do meu sertão a canção que existe trago também
E num grito aberto vou caminhando pela cidade
E vão se ouvindo por todos os lares minha ansiedade

Eu sou a triste dolente queixa
Dos confins destes sertões, de todos que vivem lá
E trago na mochila da ilusão
Um amante coração que vive sempre a sonhar
Eu trago no tempo problemas graves
De um povo sacrificado por um momento viril
E vou cantando a doce pena
Do amor de uma morena do sertão do meu Brasil

Trago as caricias das mãos calejadas de um lavrador
Que trabalha a terra e clama em seu canto justiça melhor
E num grito aberto vou caminhando pela cidade
E vão se ouvindo por todos os lares minha ansiedade