Numa tarde de maio Guarde as coisas novas pra depois Eu preciso das velhas matérias Um bolero, um veneno pra dois Avacalhe meu corpo e meu cabelo Desintegre meus ossos, meus medos E me deite sem paz nessa cama Esqueça de si sobre mim Com toda circunstância Todo detalhe vil E me deixe febril Sem chance alguma Depois suma, e retorne em abril Sem culpa nenhuma Numa tarde de maio Chegue apenas pra me enlouquecer Determine sentenças e mil penitências pra não me deter