Professorinha Eu a vejo todo dia Quando o sol mal principia A cidade a iluminar Eu venho da boemia Ela vai, quanta ironia Para a escola trabalhar Louco de amor em seu rastro Vaga-lume atrás do astro Atrás dela eu sou um trem E no trem das professoras Outras vão sedutoras Eu não vejo mais ninguém Esta operária divina Que lá no subúrbio ensina As criancinhas, a ler Naturalmente condena A minha vida serena O meu modo de viver Condena porque não sabe Que toda culpa lhe cabe De eu viver ao deus-dará Menino querendo ser Para com ela aprender Novamente o beabá