Eu soltei as rédeas do meu alazão E desci o grotão num ligeiro troteado Meu filho já quase sem vida no leito E dentro do peito o coração apertado Fui buscar a cura sem rumo e sem dinheiro No meu desespero o pranto embargado Mal principiava a barra do dia O suor já corria em meu rosto cansado Eu nem reparava tão belas paisagens As verdes ramagens ornando os caminhos O bater dos cascos nas pedras rangiam E em mim remoíam dores e espinhos O sol do meio dia ardia o mormaço No cavalo os passos cessavam um pouquinho Apeei na gruta pra matar a sede Nas águas conteve o céu azul marinho Ali descansava uma velha senhora Que naquela hora nem quis abordar Porem apressado fui subindo a serra Mal reparei nela e segui a viajar Ao chegar em casa que bela surpresa Findou a tristeza me pus a chorar Meu filho alegre pulava e corria No quintal sorria feliz a brincar Todo emocionado narrou-me a história Da velha senhora que passou por lá Beijando seu rosto falou com carinho Sossega mocinho eu vim te curar Que eu fosse bonzinho me fez um apelo Afagou meus cabelos ao me explicar Sou Nossa Senhora a Mãe dos peregrinos Ao longe te ouvindo por mim a rezar Solo A minha certeza foi absoluta Ao voltar na gruta e ver esculpida A imagem linda que eu beijei as mãos E fiz uma oração à Santa querida Prometo que nunca mais vou esquecer De agradecer pro resto da vida Rainha celeste de amor e luz Ò Mãe de Jesus Senhora Aparecida Rainha celeste de amor... E de luz Ò Mãe de Jesus Senhora Aparecida