A mão que um dia deu-me um cravo branco Tem hoje uma espada para me ferir Alguém que agora faz cair meu pranto E o mesmo rosto que me fez sorrir. Aqueles beijos dados com ternura Juras de amor mais doce que o mel Hoje são minhas noites de amargura Abrindo-me as portas de um mundo cruel. As vezes penso quando em minhas mágoas O que a fez te transformar assim O que era vinho transformou em águas A língua do povo foi o nosso fim. Aqueles olhos que me olhavam tanto Que diziam coisas de um amor sem fim Hoje voltado para outros campos Olhando para todos, menos para mim. Somos estrelas no espaço pendente Contribuindo com o seu clarão Eu no nascente, ela no poente Será impossível a nossa união.